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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para s.

A polêmica envolvendo a Danone, o agro brasileiro e o governo Lula 22233c

Diretor da companhia sa disse que parou de comprar soja do Brasil por causa de sustentabilidade; ministério responde; e produtores pregam boicote 5a41g

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 out 2024, 18h45 - Publicado em 29 out 2024, 17h04

O Ministério da Agricultura respondeu nesta terça-feira, 29, à declaração de um executivo da Danone de que a empresa sa de alimentos, conhecida principalmente por sua linha de leite e iogurtes, parou de comprar soja do Brasil por não ser produzida de forma sustentável. Em nota, a pasta afirmou que a postura influencia negativamente o comportamento de empresas e compromete “o entendimento de consumidores sobre a real dimensão da segurança alimentar baseada na produção sustentável e nas negociações internacionais”. 

Em entrevista à agência de notícias Reuters, o diretor financeiro da Danone, Jurgen Esser, afirmou que o gigante dos laticínios não compra mais do Brasil e ou a importar soja da Ásia. “Nós realmente temos um rastreamento muito completo, então, garantimos que levamos apenas ingredientes sustentáveis ​​do nosso lado”, justificou.

A fala ocorreu antes do início da vigência de uma nova regra da União Europeia que exige que empresas provem que não estão comprando commodities de áreas desmatadas. Após a repercussão, a Danone negou a informação e declarou que continua fazendo comércio com o Brasil. “A soja brasileira é um insumo essencial na cadeia de fornecimento da companhia no Brasil e continua sendo utilizada”, diz a nota assinada pelo presidente da Danone no país, Tiago Santos.

Revolta no agro 6w48

A declaração do diretor financeiro causou revolta dos empresários do agronegócio, que defenderam um boicote aos produtos da Danone. O ex-ministro da Agricultura do governo Collor, Antonio Cabrera, foi um dos que divulgaram a campanha que classifica a empresa como “inimiga do agro brasileiro”. Já a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) afirmou que a atitude foi “uma demonstração de desconhecimento” do processo produtivo no Brasil e um “ato discriminatório” contra o país e sua soberania. 

Produtores rurais defendem boicote a Danone

Leia a íntegra da resposta do Ministério da Agricultura

“Em resposta às recentes declarações e ações da Danone e de outras empresas do setor agroalimentar europeu que optaram por interromper a aquisição de soja do Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil vem a público esclarecer e reiterar os seguintes pontos:

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Compromisso Ambiental e Sistema de Comando e Controle: O Brasil conta com uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, apoiada por um sistema de comando e controle eficiente e respaldado por uma complexa estrutura de monitoramento e fiscalização. Esse sistema tem permitido ao país combater o desmatamento ilegal com políticas públicas que abrangem o Cerrado, a Amazônia e outras regiões sensíveis, assegurando que a produção agrícola seja feita de maneira responsável e sustentável. Os compromissos internacionais brasileiros vêm sendo reafirmados periodicamente com metas ousadas de descarbonização, redução do desmatamento e fomento à agricultura sustentável, fatos confirmados durante a presidência do Brasil no G20.

Processos de Due Diligence das Empresas Brasileiras: As empresas brasileiras atuantes no mercado de exportação de soja e outros produtos agrícolas estão em conformidade com rigorosos processos de due diligence que garantem o cumprimento das exigências de seus clientes internacionais. Esses processos refletem os esforços e os investimentos em sustentabilidade feitos pelo setor produtivo brasileiro, com modelos de rastreabilidade robustos e reconhecidos internacionalmente.

Posicionamento Sobre o Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR): O Brasil considera as normas do EUDR arbitrárias, unilaterais e punitivas, tendo em vista que desconsideram particularidades dos países produtores e impõem exigências com impactos significativos sobre os custos e a participação de pequenos produtores no mercado europeu. Estas novas diretrizes dificultam o o ao mercado europeu de produtos brasileiros, da América Latina e de outras origens, incluindo a Ásia, ao invés de apoiar uma transição justa e sustentável. Incentivos positivos são mais eficazes na promoção da proteção ambiental, compensando e remunerando aqueles que prestam serviços ambientais.

Soluções Brasileiras e Compromisso com a Transparência: Como parte dos esforços para atender a preocupações legítimas dos mercados consumidores, o Brasil apresentou à União Europeia propostas de modelos eletrônicos que contemplam as etapas iniciais do EUDR, demonstrando seu compromisso com uma produção rastreável e transparente. Nossos modelos privados de rastreabilidade são amplamente reconhecidos e aprovados pelos mercados europeus, o que evidencia a seriedade com que o Brasil trata a questão ambiental e a segurança de suas cadeias produtivas.

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Diálogo e Cooperação Internacional : O Governo brasileiro está em diálogo contínuo com a União Europeia para alinhar práticas e estabelecer uma regulamentação que beneficie todas as partes envolvidas. Recentemente, o Brasil manifestou oficialmente sua posição e obteve resposta da União Europeia, que anunciou o adiamento da aplicação do EUDR para 2025, fato que reforça a importância das discussões bilaterais e a busca por soluções que respeitem a soberania dos países produtores.

Reiteramos que a posição do Brasil é firme quanto a não aceitar regulamentações que ignorem nossos avanços ambientais e sociais, ao impor restrições desproporcionais a produtos brasileiros.

Entendemos que essa postura influencia negativamente o comportamento de empresas comprometendo o entendimento de consumidores sobre a real dimensão da segurança alimentar baseada na produção sustentável e nas negociações internacionais, que deve ser baseada na confiança mútua e no respeito à soberania e à diversidade de soluções nacionais.

A agricultura brasileira é um pilar da sustentabilidade global e já alcança altos padrões, refletindo nosso compromisso com um comércio justo e ambientalmente responsável. Os números da agropecuária brasileira vêm sendo avaliados sob aspectos de sustentabilidade em fóruns internacionais e comparados com os demais países, demonstram um descolamento positivo em termos de ganhos de produtividade e redução de impactos negativos.

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O Brasil está pronto para colaborar, mas exige ser tratado com a mesma justiça e equilíbrio que pautam as relações comerciais internacionais devendo ser rechaçadas posturas intempestivas e descabidas como anunciadas por empresas europeias, com forte presença de atividade também no mercado brasileiro.”

 

 

 

 

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