
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom ao criticar as recentes investidas de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. Durante o Congresso Nacional do PSB, em Brasília, e em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Lula classificou como “terrorismo” as ações do deputado licenciado, acusando-o de “tentar lamber as botas de Trump” ao buscar apoio estrangeiro contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
As críticas surgem em meio a uma escalada de tensões internacionais que envolvem também Alexandre de Moraes, ministro do STF, alvo de políticos ligados ao ex-presidente americano. Para Lula, a conduta de Eduardo, que “renuncia ao mandato para lamber a bota do Trump”, revela um desrespeito às instituições democráticas do Brasil.
Além de rechaçar as manobras de Eduardo Bolsonaro, Lula saiu em defesa do STF e destacou que “nenhum país pode se intrometer na vida do outro”, ao comentar a tentativa de influência externa em decisões da Suprema Corte.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já pediu a abertura de inquérito no STF para investigar as ações do deputado nos Estados Unidos. O órgão vê indícios de coação, obstrução de investigações e atentado ao Estado democrático de direito, em razão da campanha para impor sanções contra autoridades brasileiras. Para a coluna, a corte errou ao dar um tamanho maior a Eduardo que ele tem.
No fundo, Lula aproveitou o momento para reforçar sua defesa a soberania nacional: “A convivência democrática é a única coisa saudável para que a sociedade possa viver em paz”, concluiu, apontando os riscos de subordinação a interesses externos e de ataques às instituições brasileiras.