Deputado pede a Motta que autorize retorno de Eduardo ao mandato f3p5z
Filho de Jair Bolsonaro pediu licença em março para permanecer nos Estados Unidos 40326k

Aliado do clã bolsonarista, o deputado federal Evair de Melo solicitou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, conceda uma autorização excepcional para que o deputado Eduardo Bolsonaro reassuma seu mandato parlamentar e possa exercê-lo remotamente.
“Solicitamos a Vossa Excelência que a Mesa Diretora delibere sobre a concessão de autorização formal e excepcional para o exercício do mandato do Deputado Eduardo Bolsonaro a partir do exterior, enquanto perdurar o estado de insegurança jurídica e risco à sua liberdade pessoal no território nacional. Tal medida não se trata de privilégio, mas de garantia mínima de isonomia, coerência institucional e respeito às prerrogativas parlamentares asseguradas pela Constituição”, defende o deputado bolsonarista em documento encaminhado ao chefe do Legislativo.
O filho do presidente Jair Bolsonaro se licenciou em março para permanecer nos Estados Unidos, onde tem feito articulações para convencer o governo de Donald Trump a atuar pela anistia dos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro e para obter sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a trama golpista na qual o ex-mandatário é um dos denunciados.
No ofício, Melo alega que Eduardo é alvo de uma perseguição judicial por parte da Corte, que seria, em sua avaliação, motivada pela atuacão do parlamentar do PL, que tem se reunido com autoridades e instituições internacionais para tratar da “grave crise institucional do Brasil”.
“A presente solicitação se fundamenta não apenas nos dispositivos regimentais que autorizam a ausência do país mediante deliberação da Mesa, mas também na preservação do princípio da representatividade parlamentar e no respeito à liberdade de expressão e atuação política de deputados democraticamente eleitos”, argumenta Melo.
O deputado pontua ainda que a atuação de Eduardo foi indevidamente interpretada como atentado à soberania nacional e determinou, de forma desproporcional, a abertura de um inquérito no STF.