Uma nova bússola: como viver guiado pelo que importa, e não pelo medo 6a2632
Quando sua vida é regida só pelas emoções, você não está no controle. É como viver no banco do ageiro. Mas é possível assumir a direção 6z1qd

Você ou a vida inteira tentando ser perfeito. Agora, quando tenta fazer diferente, surge o vazio. Se eu não estiver buscando o 100% o tempo todo, então o que me guia?
Talvez você esteja num ponto importante da sua jornada: quando percebe que não quer mais viver à base de medo, mas ainda não sabe direito como viver de outro jeito.
Há algumas semanas, falamos sobre o lado perverso do perfeccionismo e propus um experimento para você viver com mais ousadia: e se, em vez de 100%, você entregasse 80% com intenção?
Quando falo sobre isso com clientes e pacientes, existe uma pergunta que sempre aparece — às vezes de forma direta, às vezes nas entrelinhas: “Mas se eu parar de dar 100%… o que sobra de mim?”
Quando o medo assume a direção 404sh
Atendi uma mulher que vivia com esse piloto automático. Sempre pronta, sempre alerta, sempre perfeita. Era uma líder brilhante, mas chegava em cada reunião como se estivesse prestes a ser atacada. Cada pausa era ameaça e cada e-mail, um possível julgamento.
Mesmo quando nada de errado acontecia, seu cérebro sussurrava: “fique atenta, você precisa provar que merece estar aqui.” Por fora, parecia força. Por dentro, era exaustão.
Até que, um dia, ela me contou que, antes de entrar em uma reunião importante, fez uma pergunta diferente: “O que realmente importa pra mim nesse papel?”
Foi a primeira vez que ela não entrou para vencer, mas para contribuir. E, pela primeira vez, não sentiu que precisava controlar tudo.
Ela não só conduziu melhor a conversa — como se reconheceu de volta.
Emoção como dado, não como direção 41k2f
Quando sua vida é regida pelas emoções, você não está no controle. É como viver no banco do ageiro. Você pensa: “Preciso dar 100%, ou vou falhar.” Surge a emoção: ansiedade, vergonha, culpa.
E aí vem o comportamento: você refaz, procrastina, trava… até se esgotar. Mas existe outro caminho.
Quando você começa a viver guiado pelo que realmente importa, o pensamento até pode aparecer — “preciso dar 100%” —, mas você reconhece o padrão. Você para, respira, e se pergunta: “isso aqui é sobre o quê mesmo?”
Se for guiado pelo medo, a resposta vai ser: controle, aprovação, perfeição. Mas se estiver conectado com o que realmente importa, a resposta muda: presença, contribuição, conexão.
E então, o ciclo também muda…
Pensamento: “Quero fazer o meu melhor.”
Emoção: ainda pode vir o medo, mas agora ele é só dado — não direção.
Comportamento: você entrega com intenção, não com exaustão.
Você não precisa apagar o medo, mas precisa escolher o que vai guiar.
Emoções difíceis 5j164v
Viver com ousadia não é silenciar emoções difíceis. É escutá-las, acolhê-las e agir a partir daquilo que te representa. Não do que a ansiedade exige.
E isso começa com perguntas simples, mas transformadoras:
O que eu quero representar aqui?
Que tipo de pessoa eu quero ser nessa situação?
O que eu faria agora se estivesse conectado com quem eu sou e não tentando provar o meu valor?
Você não precisa ter todas as respostas. Mas pode dar um o hoje: trocar a urgência de agradar pela coragem de se escutar.
E quando a autocobrança voltar a gritar — porque ela vai —, respire e diga a si mesmo: “Eu não estou aqui pra ser perfeito. Estou aqui pra ser inteiro.”
Nos vemos semana que vem. Até lá, que tal experimentar essa nova bússola e dar um o por você?