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“A floresta viva precisa valer mais do que morta”, diz Helder Barbalho

Governador do Pará, em entrevista ao programa Veja+Verde, falou sobre o desafio de preservar a Amazônia e diz que Belém estará pronta para a COP30

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2025, 12h50 - Publicado em 5 jun 2025, 12h49

Em entrevista ao Veja+Verde, o governador do Pará, Helder Barbalho, afastou as críticas sobre a falta de infraestrutura e de vagas em hotéis em Belém para receber a COP30, Conferência do Clima, e garantiu que a capital do estado estará pronta em novembro deste ano para o evento da ONU. “O Pará representa melhor que qualquer estado os desafios das várias Amazônias”, diz Barbalho.

Ele também falou sobre as iniciativas de seu governo para conciliar preservação ambiental com o desenvolvimento social em um estado que tem 75% de floresta amazônica em meio à produção agropecuária e à mineração. “Nosso grande desafio é fazer com que a floresta viva valha mais do que a floresta morta”, diz Helder. “Precisamos encontrar um modelo de desenvolvimento sustentável, com redução de emissões, para conciliar a necessidade das vocações já existentes com novas economias verdes.”

O governador deu o exemplo da produção de cacau. “É uma atividade que restaura área degradada. Você pode ter na mesma área gado, floresta e cacau”, observa Barbalho, lembrando que o estado já é o maior produtor brasileiro da matéria-prima do chocolate. Ele também ressaltou os esforços para implantar o sistema de rastreabilidade agropecuária para garantir o selo de produção em propriedades que respeitam as leis ambientais e, assim, evitar embargos econômicos. “Acabamos de fechar um acordo com o Carrefour para que a rede dê prioridade para comprar carne rastreável do Pará”, diz Barbalho.

O governador paraense também criticou o negacionismo ambiental de governos ados, mas se disse favorável à discussão do projeto de lei que flexibiliza a fiscalização ambiental e à pesquisa de petróleo na Margem Equatorial, a 540 quilômetro da Foz do Amazonas, que futuramente pode render royalties para o estado. “O Brasil ainda depende de combustível fóssil. Não dá para virar a chave de uma hora para a outra.”

O Veja+Verde, conduzido pelo editor Diogo Schelp, traz empresários, personalidades, gestores públicos e especialistas para apresentar suas visões e soluções sobre um dos maiores desafios para a sobrevivência da humanidade: conciliar desenvolvimento econômico e social com preservação do meio ambiente.

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Em sua primeira temporada, o Veja+Verde tem como principal mote as discussões que serão levadas por governos, empresas e organizações ambientais para a COP30.

Para assistir às entrevistas do Veja+Verde, e o streaming VEJA+ no portal de VEJA, o canal da marca no YouTube ou suas redes sociais.

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