Por que João Kepler está focado no público de baixa renda dos EUA
Equity Group está investindo em quatro empresas de impacto social nos Estados Unidos com foco em imigrantes
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3 jun 2025, 15h39
A holding de investimentos, Equity Group, liderada pelos empresários João Kepler, Nilio Portella, Tulio Mene e Gabriel Lopes, tem um novo foco nos Estados Unidos: negócios voltados para pessoas na base da pirâmide, sobretudo imigrantes de origem hispânica.
A aposta tem como alvo empresas com impacto social para esse público que soma 62 milhões de pessoas no país . “Investir na base da pirâmide nos EUA é uma decisão estratégica: os latinos de baixa renda movimentam 3 trilhões de dólares por ano, mas seguem com baixo o e bastante desassistidos em serviços”, diz Kepler, que é conhecido por ser um dos maior investidores de startups do Brasil.
Dentro dessa tese, a empresa está investindo em quatro negócios, com valor de mercado total de 27 milhões de dólares. São empresas que oferecem serviços e soluções como financiamento de carros populares, inclusão bancária, soluções de compra e de aluguel de imóveis.
Uma delas é a fintech Kingdom Auto Finance, que financia veículos populares para imigrantes que não têm conta em banco. Já a Home4You se posiciona como alternativa no mercado imobiliário popular, oferecendo soluções para a compra da casa própria, com atendimento culturalmente alinhado ao público latino.
Outra iniciativa, a MonkeyMoney App desenvolveu um banco digital voltado ao trabalhador de baixa renda, com foco em inclusão bancária e educação financeira. Por fim, a TaxDeePro atua no mercado de aluguel popular, oferecendo moradia em regiões com alto déficit habitacional, como o Mississippi.
“Existe um grande equívoco na forma como se enxerga o público de baixa renda, especialmente o imigrante latino. É um grupo resiliente, trabalhador e que consome com foco em valor e solução real. Nossos investimentos têm como premissa entender essa cultura, atender suas necessidades e entregar algo que o mercado tradicional ignora”, explica Nilio Portella, cofundador do Equity Group.
Os empresários buscam também mais investidores para essas empresas e miram inclusive brasileiros interessados em diversificar seus investimentos nos EUA. “Criamos estruturas para que outros investidores possam participar desses projetos com segurança”, diz Tulio Mene, cofundador do Equity Group. Ele explica que negócios que resolvem problemas estruturais tendem a ser mais sólidos e com maior potencial de escala. “Estamos investindo em modelos que combinam alto volume, recorrência e impacto social mensurável”, diz.
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