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Homem é condenado por queimar Alcorão em frente a consulado da Turquia em Londres 4si11

Críticos acusam decisão de instaurar, na prática, uma nova lei de blasfêmia, extinta no Reino Unido 662a2s

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 jun 2025, 18h03

Um homem de 50 anos foi condenado nesta segunda-feira, 2, por incitar desordem pública com motivação religiosa, após queimar um exemplar do Alcorão em frente ao consulado da Turquia no centro de Londres. A sentença provocou críticas de grupos que enxergam na decisão uma tentativa velada de ressuscitar a antiga lei britânica contra blasfêmia, abolida em 2008.

Hamit Coskun, nascido na Turquia e descendente de curdos e armênios, foi multado em 240 libras esterlinas (cerca de R$ 1.700). Em fevereiro deste ano, Coskun gritou “f*da-se o Islã” enquanto segurava o livro em chamas perto do consulado. Embora tenha alegado que se tratava de uma manifestação política contra o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan, a Justiça considerou que o contexto — o local, o momento e a linguagem ofensiva — configuraram um delito.

“Queimar um livro religioso, embora ofensivo para alguns, não é necessariamente desordeiro”, ponderou o juiz John McGarva ao proferir a sentença. “O que tornou sua conduta criminosa foi o momento, o local e o uso de linguagem abusiva contra o Islã.” Durante a manifestação, Coskun foi agredido por um homem armado com uma faca, que o chutou e cuspiu nele.

Coskun negou as acusações e classificou a condenação como um retrocesso nos direitos civis britânicos. Organizações como a National Secular Society (NSS), que financiou parte de sua defesa, e membros do Partido Conservador reforçaram essa crítica: “O Reino Unido não possui leis de blasfêmia. No entanto, este veredito cria uma, na prática. O Parlamento não votou por isso. O povo britânico não quer isso. Esta decisão é errada”, publicou o partido nas redes sociais.

Nos últimos anos, a queima pública do Alcorão tem se repetido em diversos protestos pela Europa, em países como Suécia, Dinamarca e Países Baixos. Esses episódios frequentemente geram fortes tensões diplomáticas e acirrados embates entre defensores da liberdade de expressão e líderes religiosos, que denunciam os atos como manifestações islamofóbicas.

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